O dia em que percebi: não há sucesso onde há adoecimento. E foi assim que nasceu um movimento.

Sucesso é não ter Burnout

Durante anos, a imagem que eu cultivava de sucesso era impecável. Psicóloga com carreira sólida em Recursos Humanos, atuando em grandes multinacionais, liderando projetos de alto impacto, desenvolvendo lideranças, sendo reconhecida pelo que entregava.

Minha agenda era cheia. Meu nome, respeitado. Meus resultados, incontestáveis. Mas, internamente, uma pergunta crescia em silêncio: "até quando isso vai ser sustentável?"

Como muitas mulheres, eu me esforcei demais para provar meu valor. Assumi funções demais, responsabilidades demais, expectativas demais. A lógica era clara: quanto mais eu entregasse, mais valor eu teria. Só que meu corpo não concordava com isso.

A conta chegou.

E ela não veio em forma de burnout diagnosticado com carimbo oficial. Veio com um hospital. Com uma cirurgia inesperada. Com a dor física que refletia a dor emocional de anos ignorando os sinais.

Ali, entre exames e bisturis, me dei conta: a vida estava me pedindo uma nova versão de sucesso.

Foi naquele momento que comecei a questionar tudo. A cultura da exaustão disfarçada de comprometimento. A romantização da produtividade sem pausa. A ideia de que ser forte é dar conta de tudo sozinha.

E foi também ali que nasceu, ainda em forma de semente, o movimento que hoje carrego como missão:

Sucesso é Não Ter Burnout.

O que isso significa, afinal?

Significa que precisamos urgentemente redefinir o que é vencer. Que precisamos parar de normalizar uma rotina que nos esvazia emocionalmente, nos afasta da nossa essência e adoece a nossa saúde — silenciosamente.

Hoje, esse movimento está no centro da minha atuação. Não é marketing. É biografia.

Trago comigo duas vivências que se complementam:

A da educação corporativa, onde por anos desenvolvi líderes, implementei programas de cultura, engajei times e vi de perto os bastidores do sucesso nas organizações.

E a da clínica psicológica, onde hoje atendo profissionais brilhantes, mas exaustos, tentando reorganizar suas vidas antes que colapsem.

Sabe qual é o ponto em comum entre esses dois mundos?

Ambos estão adoecendo em silêncio. E ambos precisam de um novo pacto: Um pacto entre desempenho e saúde. Entre resultados e limites. Entre a potência e a preservação.

O movimento virou método.

Minha missão virou serviço. E meu propósito se transformou em ação.

Hoje, através de palestras, workshops, atendimentos clínicos e mentorias, ajudo profissionais e empresas a construírem uma nova lógica de sucesso.

Sim, é possível produzir, crescer, liderar, alcançar metas — sem se desconectar da própria saúde, da própria família, da própria vida.

A psicoterapia com foco em saúde mental no trabalho tem esse poder. Ela transforma o que parece impossível: Fazer as pazes com a rotina. Recuperar o prazer no que se faz. Ter clareza do que importa. Voltar a dormir em paz.

Quem se beneficia desse movimento?

Toda pessoa que:

• Está exausta, mas finge que está bem.
• Sente que carrega o time nas costas, mas não pode parar.
• Está sempre dizendo “só mais esse projeto”, “só mais esse mês”.
• Já se acostumou com dor de cabeça, insônia, irritabilidade e esquecimento como se fossem parte do pacote do sucesso.
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Se você se viu em alguma dessas frases, talvez seja hora de parar. Parar para se escutar. Parar para se cuidar. Parar para redefinir o que é sucesso, de verdade, pra você.

O que eu desejo com esse movimento?

Eu desejo que ele te ajude a respirar. Que ele te dê permissão para não dar conta de tudo. Que ele seja o começo de um novo ciclo, mais humano, mais real, mais sustentável.

E que você nunca mais acredite que precisa adoecer para ser reconhecida. Nem que precisa escolher entre a saúde e a realização. Você pode ter as duas. Mas não do jeito que te ensinaram até agora.

Se você quiser conversar, meu consultório está aberto. Se você quiser levar esse debate para sua empresa, estou pronta. Se quiser apenas refletir, esse movimento já cumpriu sua missão.



Obrigada por ler até aqui. E lembre-se: Você pode ir longe — mas não precisa se perder de si no caminho.

Com carinho, Janaina Fidelis

Psicóloga | Palestrante | Especialista em Saúde Mental no Trabalho | Criadora do movimento Sucesso é Não Ter Burnout